Bullying: o que é!
O "Bullying" é um termo de
origem inglesa, que significa a agressão física ou psicológica, de forma
intencional, praticada repetidamente por um aluno ou grupo de alunos sobre um
colega ou grupo de alunos mais frágil.
Trata-se de um comportamento que
assenta numa relação desigual de poder entre os intervenientes; ocorre
repetidamente e de uma forma hostil e os alunos considerados alvos têm,
normalmente, uma ou outra característica que os diferencia dos demais (usam
óculos, são obesos, são os melhores ou os piores da turma, vestem ou pensam de
maneira diferente, entre muitos outros motivos).
Entre as crianças e os jovens, o
“bullying” pode assumir proporções graves e refletir-se num comportamento
anti-social com consequências muito sérias para o futuro, quer para os alunos
agressores quer para os alunos agredidos.
Os diferentes tipos de Bullying
O "bullying" pode ser
classificado de duas formas: o direto, através de violência física e o
indireto, através de agressão moral.
As crianças e jovens alvos de
"bullying" são sucessivamente colocadas pelo aluno agressor em
situações embaraçosas e são vítimas de alcunhas ofensivas, ameaças,
discriminação, isolamento e exclusão grupal, perseguição, assédio, humilhação
verbal, roubos e, por vezes, agressão física e vandalismo ou destruição dos
seus bens (livros, roupas e outros pertences).
Um outro tipo
recente de "bullying" é o "cyber-bullying". Neste caso, são
utilizadas as novas tecnologias da informação para insultar e intimidar (por
exemplo: mensagens eletrónicas a colegas com o intuito de os difamar e
intimidar).
Os efeitos diretos do
"bullying" nas escolas
O sexo masculino é o mais propenso ao
"bullying", especialmente ao direto, Porém, este problema também afeta
as raparigas, usualmente através de práticas de difamação e exclusão de grupos.
Principais caraterísticas dos
alunos envolvidos no "bullying"
Além da predisposição genética para a
agressividade, algumas condições familiares podem favorecer o desenvolvimento
da violência nas crianças e jovens. Os autores de "bullying" são,
normalmente, alunos pertencentes por vezes a famílias com um relacionamento afetivo
desequilibrado, onde os pais afirmam a sua superioridade através de
comportamentos agressivos, verbais ou físicos, ou têm excesso de tolerância e
permissividade na educação dos seus filhos.
Os alunos vítimas de
"bullying" são, geralmente, jovens tímidos, inseguros e sem recursos
físicos para se defenderem. Consequentemente, poderão baixar o desempenho
escolar e tentar evitar a escola, abandonando-a precocemente. Em casos mais
graves, chegam mesmo a entrar em estados depressivos.
Há ainda os alunos que são
testemunhas de "bullying", que assistem e convivem com esse tipo de
violência entre colegas, mas que evitam falar sobre o problema, sob pena de
poderem ser as próximas vítimas, ou então porque não acreditam na capacidade da
escola para intervir. Apesar de não sofrerem diretamente as agressões, podem
sentir-se incomodados e inseguros perante o sofrimento dos seus colegas
(vítimas), o que também pode ser motivo de transtorno psicológico.
Principais consequências
Se não forem desencorajados, os
alunos causadores de "bullying" poderão manter esse comportamento ao
longo de toda a sua vida, seja em ambiente doméstico ou profissional,
tornando-se indivíduos anti-sociais, violentos e, por vezes, criminosos.
Os alunos vítimas de
"bullying" podem reagir de formas diferentes, consoante a sua
personalidade e os seus relacionamentos familiares e sociais. Alguns, poderão
não superar os traumas sofridos na escola e crescer com sentimentos negativos
em relação a si próprios. Em idade adulta, poderão sentir dificuldades de
relacionamento e até acabar por adoptar um comportamento agressivo sobre alguém
que considerem mais frágil. Alguns casos extremos podem, inclusivamente,
conduzir ao suicídio.
Como enfrentar o
problema?
>às crianças/jovens alvos de
"bullying": devem ignorar as alcunhas e as intimidações morais e cultivar
amizades com colegas não agressivos. Deverão evitar os locais de risco na
escola e apresentar queixa aos professores, sempre que necessário. Se possível,
falem com a Direção da Escola ou com um professor que lhe pareça mais sensível
ao problema e que possa acompanhar a situação, por exemplo: o Diretor de Turma,
ou com o Serviço de Psicologia e Orientação.
-->às crianças/jovens testemunhas de
actos de "bullying": devem ser encorajadas a intervir em defesa da
vítima, fazendo queixa a um professor e não sendo conivente para com o
agressor, de modo a tentar desencorajá-lo.
Identificar e tratar este problema em
tempo útil, envolvendo os alunos agressores, alunos agredidos, testemunhas,
professores e pais ou encarregados de educação, é, portanto, essencial como
forma de prevenção e redução de casos deste flagelo social.
Em caso de dúvida não hesites e
contacta o Serviço de Psicologia e Orientação da tua Escola!
Nenhum comentário:
Postar um comentário