sexta-feira, 3 de novembro de 2017

BULLYING

Bullying: o que é!
O "Bullying" é um termo de origem inglesa, que significa a agressão física ou psicológica, de forma intencional, praticada repetidamente por um aluno ou grupo de alunos sobre um colega ou grupo de alunos mais frágil.
Trata-se de um comportamento que assenta numa relação desigual de poder entre os intervenientes; ocorre repetidamente e de uma forma hostil e os alunos considerados alvos têm, normalmente, uma ou outra característica que os diferencia dos demais (usam óculos, são obesos, são os melhores ou os piores da turma, vestem ou pensam de maneira diferente, entre muitos outros motivos).
Entre as crianças e os jovens, o “bullying” pode assumir proporções graves e refletir-se num comportamento anti-social com consequências muito sérias para o futuro, quer para os alunos agressores quer para os alunos agredidos.

Os diferentes tipos de Bullying
O "bullying" pode ser classificado de duas formas: o direto, através de violência física e o indireto, através de agressão moral.
As crianças e jovens alvos de "bullying" são sucessivamente colocadas pelo aluno agressor em situações embaraçosas e são vítimas de alcunhas ofensivas, ameaças, discriminação, isolamento e exclusão grupal, perseguição, assédio, humilhação verbal, roubos e, por vezes, agressão física e vandalismo ou destruição dos seus bens (livros, roupas e outros pertences).
Um outro tipo recente de "bullying" é o "cyber-bullying". Neste caso, são utilizadas as novas tecnologias da informação para insultar e intimidar (por exemplo: mensagens eletrónicas a colegas com o intuito de os difamar e intimidar).



Os efeitos diretos do "bullying" nas escolas
O sexo masculino é o mais propenso ao "bullying", especialmente ao direto, Porém, este problema também afeta as raparigas, usualmente através de práticas de difamação e exclusão de grupos.

Principais caraterísticas dos alunos envolvidos no "bullying" 
Além da predisposição genética para a agressividade, algumas condições familiares podem favorecer o desenvolvimento da violência nas crianças e jovens. Os autores de "bullying" são, normalmente, alunos pertencentes por vezes a famílias com um relacionamento afetivo desequilibrado, onde os pais afirmam a sua superioridade através de comportamentos agressivos, verbais ou físicos, ou têm excesso de tolerância e permissividade na educação dos seus filhos.
Os alunos vítimas de "bullying" são, geralmente, jovens tímidos, inseguros e sem recursos físicos para se defenderem. Consequentemente, poderão baixar o desempenho escolar e tentar evitar a escola, abandonando-a precocemente. Em casos mais graves, chegam mesmo a entrar em estados depressivos.
Há ainda os alunos que são testemunhas de "bullying", que assistem e convivem com esse tipo de violência entre colegas, mas que evitam falar sobre o problema, sob pena de poderem ser as próximas vítimas, ou então porque não acreditam na capacidade da escola para intervir. Apesar de não sofrerem diretamente as agressões, podem sentir-se incomodados e inseguros perante o sofrimento dos seus colegas (vítimas), o que também pode ser motivo de transtorno psicológico.

Principais consequências 
Se não forem desencorajados, os alunos causadores de "bullying" poderão manter esse comportamento ao longo de toda a sua vida, seja em ambiente doméstico ou profissional, tornando-se indivíduos anti-sociais, violentos e, por vezes, criminosos.
Os alunos vítimas de "bullying" podem reagir de formas diferentes, consoante a sua personalidade e os seus relacionamentos familiares e sociais. Alguns, poderão não superar os traumas sofridos na escola e crescer com sentimentos negativos em relação a si próprios. Em idade adulta, poderão sentir dificuldades de relacionamento e até acabar por adoptar um comportamento agressivo sobre alguém que considerem mais frágil. Alguns casos extremos podem, inclusivamente, conduzir ao suicídio.

Como enfrentar o problema? 
>às crianças/jovens alvos de "bullying": devem ignorar as alcunhas e as intimidações morais e cultivar amizades com colegas não agressivos. Deverão evitar os locais de risco na escola e apresentar queixa aos professores, sempre que necessário. Se possível, falem com a Direção da Escola ou com um professor que lhe pareça mais sensível ao problema e que possa acompanhar a situação, por exemplo: o Diretor de Turma, ou com o Serviço de Psicologia e Orientação.
-->às crianças/jovens testemunhas de actos de "bullying": devem ser encorajadas a intervir em defesa da vítima, fazendo queixa a um professor e não sendo conivente para com o agressor, de modo a tentar desencorajá-lo.
Identificar e tratar este problema em tempo útil, envolvendo os alunos agressores, alunos agredidos, testemunhas, professores e pais ou encarregados de educação, é, portanto, essencial como forma de prevenção e redução de casos deste flagelo social.

Em caso de dúvida não hesites e contacta o Serviço de Psicologia e Orientação da tua Escola!

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